quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Venci


“Achei que aquela dor fosse

durar para sempre,

de tanto que doía.

Não era dor física,

daquelas que a gente põe

a mão pra amenizar.

Era dor de amor.

Não tive a sorte

de um amor tranqüilo.

Sentia o coração

sendo rasgado, em finos

trapos, bem devagarinho.

Doendo...

Rasgando...

Ferindo...

Sangrando...

E a cabeça só lembrava:

você.

O chão que

me faltou aos pés era

o buraco em que

eu queria me enterrar.

Mas queria viver!

Viver pra te

ensurdecer de tanto gritar

eu te amo, explodir meus

pulmões de tanto chorar,

me matar pra ver se

te matava, te matar

pra ver se renascia.

Eu sorria quando tu

sorrias, eu chorava quando

tu choravas.

No fundo, só queria te fazer

sentir aquilo que eu sentia,

te sobreviver do meu amor.

Quantas vezes quis

abrir teu peito, te

arrancar o coração e

colocar o meu no lugar.

Toma!

Experimenta me

amar como eu te amo.

Toma!

Quantas vezes

quis rasgar meu peito, te

tirar lá de dentro e dizer: “

Vai!

Segue teu caminho e

esquece que eu existo, já

não te preciso mais!”

Me venci.

Te matei em mim.

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